Voltamos ao tema da felicidade

Vou dar um tempo da política nestes próximos dias. Quero aqui reforçar a idéia principal que me fez criar este Blog.

Falei nos primeiros posts sobre partes da minha vida com a Dani. Não é segredo para ninguém o que sinto por ela.

Ultimamente tenho reparado nos adolescentes e em grande parte dos adultos, que não existe mais histórias de amor à primeira vista. Não vejo um clima de amor instantâneo no ar. Parece que a internet e a violência contribuiu muito para isso.

Lembro que na minha época, aconteciam festas quase que diariamente entre colegas de turma ou, principalmente do condomínio na Terra de Marlboro. Em algumas festas rolavam salgadinhos, sucos e doces. A única coisa que não faltava era música e dança. Muitos esperavam pela "Música Lenta", onde acontecia a famosa dança da vassoura. Tenho certeza que os novos não saberão o que isso significa, mas os mais velhos conhecem bem.

Participava dessas festas. Gostava muito de ouvir as músicas, jogar Banco Imobiliário, Jogo da Vida, Detetive, entre outros. Mas sentia que algo faltava nessas festinhas. Ou melhor, uma pessoa faltava.

O ano de 1992 foi o ano mais significativo na minha vida. Foi o ano que soube o que é a felicidade e o amor verdadeiro.

Um ano antes, vi bem de longe a Dani, mas acho que nem fui notado. Fiquei curioso e intrigado, pois a achei linda, mas nunca a tinha visto pelas Ruas do Condomínio. Tinha apenas 15 anos.

Mas tudo se deu em 1992, quando uma pessoa do condomínio me apresentou aquela menina que eu só tinha visto uma vez, e de longe. Era a Dani, e soube no primeiro olhar, que estava ali na minha frente a mulher da minha vida.

Eu tinha 16 anos, e quando a conheci, tinha cabelos bem compridos, e ela, aos 14 anos, me chamou atenção de cara pela sua beleza e pela sua inteligência.

Este clima de amor fez com que passássemos a nos ver diariamente pelas ruas do Condomínio, e já dormia ansioso para acordar no dia seguinte e colocar meus pés na rua, doido para encontrar o meu amor.

Ficamos uns 3 meses vivendo este clima de conhecimento do amor, e o dia que começamos a namorar foi maravilhoso. Sou capaz de descrever todos os acontecimentos com exatidão.

Lembro que íamos fazer uma festa numa das casas do condomínio. E lá estávamos eu e a Dani. Música rolando com violão e com o som.

Nunca tinha colocado um pingo de bebida com álcool na boca. Mas estava super nervoso e resolvi beber uma "porradinha"(cachaça com coca-cola). Bebi uns 4 copos de 300ml, e já estava bem altinho, e sem papas na língua.

Ficava o tempo todo com a Dani, conversando, mas nada de ter coragem de me declarar. Foi quando no final da noite, fui levá-la para casa, que fica a uns 400 metros da festa. No meio do caminho, tive coragem e me declarei. Disse que a amava. Foi um momento bem tenso, e fiquei com as mãos geladas e o estômago quente, nervoso que estava.

Dani ouviu toda minha declaração, mas disse que eu estava bêbado, e que queria ouvir isso no outro dia.

Voltei para casa feliz da vida, cantando alto, dizendo que a amava demais. Foi um sonho. No dia seguinte, reafirmei tudo que tinha dito na noite.

Como todo dia tinha festinhas, lá estávamos nós em outra, já à noite. Ficamos 4 horas na beira de uma piscina, conversando abraçadinhos.

Um detalhe do dia, foi que não rolou nenhum beijo, somente carinho. Somente quando nos despedimos, roubei um beijo seu(um estalinho). Foi bem rápido, mas fiquei com o gostinho dos seus lábios nos meus, e até hoje não me esqueço do gosto.

Acabou-se o feriado e voltei ao Rio. Ficamos meses nos falando pelo telefone e esperando o nosso tão esperado encontro, e quando nos reencontramos foi muito bonito mesmo.

Falar que eu não vivo sem a Dani é algo completamente desnecessário. Este amor é forte e infindável. Tudo que faço na vida é pensando em realizar mais coisas, conquistar cada vez mais o seu coração.

Não estou dizendo que sou perfeito. Já errei, e errei muito com a Dani. Cometi deslizes. Mas sou um ser humano, capaz de erros e acertos.

Se uma coisa é certa em tudo que vivi nesta vida, é o amor que sempre senti por você, e que nunca tive vergonha de assumir este amor, pelo contrário, sempre me encheu de orgulho.

Li certa vez um texto, não me recordo o autor, em que ele diz que só o verdadeiro amor se acaba, que é uma forma de morrer a cada dia para poder continuar vivendo.

Não acredito nisso. Vejo o amor como a saída para os nossos problemas, mesmo sabendo que não os resolverão. Vejo que o verdadeiro amor é algo único em nossas vidas. Eu já encontrei o meu amor. Sei que é para sempre, haja o que houver.

Espero poder te ver mais uma vez amanhã. É a única coisa que espero nessa vida...

Amor e lágrimas

Ouve o mar que soluça na solidão
Ouve, amor, o mar que soluça
Na mais triste solidão
E ouve, amor, os ventos que voltam
Dos espaços que ninguém sabe
Sobre as ondas se debruçam
E soluçam de paixão
E ouve, amor, no fundo da noite
Como as árvores ao vento
Num lamento se debruçam
E soluçam para o chão


Canção do amor que chegou

Eu não sei, não sei dizer
Mas de repente essa alegria em mim
Alegria de viver
Que alegria de viver
E de ver tanta luz, tanto azul!
Quem jamais poderia supor
Que de um mundo que era tão triste e sem cor
Brotaria essa flor inocente
Chegaria esse amor de repente
E o que era somente um vazio sem fim
Se encheria de cores assim

Coração, põe-te a cantar
Canta o poema da primavera em flor
É o amor, o amor chegou
Chegou enfim

O grande amor

Haja o que houver
Há sempre um homem para uma mulher
E há de sempre haver
Para esquecer um falso amor
E uma vontade de morrer

Seja como for
Há de vencer o grande amor
Que há de ser no coração
Como um perdão pra quem chorou


O nosso amor

O nosso amor
Vai ser assim
Eu pra você
Você pra mim

Tristeza
Eu não quero nunca mais
Vou fazer você feliz
Vou querer viver em paz

O nosso amor
Vai ser assim
Eu pra você
Você pra mim

(Vinícius de Moraes)