O amor do Leleco

Cartas de amor, declarações e fotos, para a única mulher que amei na vida. Te Amo, Dani!!!

Eu sou:Leleco
Estou aqui: Rio de Janeiro, RJ, Brasil

quinta-feira, dezembro 29, 2005

Ah! Ah! Uh! Uh!, O Maraca é nosso!

Lendo o Blogbydani, me senti motivado a escrever sobre futebol, uma das minhas paixões.

Vou relatar aqui sobre um dos jogos mais emocionantes que eu já vi. Foi no dia 27 de maio de 2001, no Maracanã, final do Campeonato Carioca.

O Campeonato Carioca é decidido pelo ganhador da Taça Guanabara, primeiro turno, contra o vencedor da Taça Rio, o segundo turno.


Já na decisão da Taça Guanabara, entre Flamengo e Fluminense, houve um fato inusitado. O Jogo terminara em 1x1, e a decisão fora para as Penalidades. Mas o lance curioso e improvável ocorreu justamente nas penalidades. Cássio, Lateral-esquerdo do Flamengo, chutou a bola, que prontamente foi defendida pelo goleiro do Flu, Murilo, que espalma a bola num salto acrobático. A Torcida Tricolor delirou com a magnífica defesa do goleiro, sendo que este comemorava bastante diante da alegre torcida de seu time. Na seqüência, a bola toca no chão, assume o efeito contrário, entrando mansamente no gol tricolor. A Torcida do Flamengo explodiu de alegria, diante do olhar desesperado e desolado do goleiro do Tricolor Carioca, que viu sua torcida calar-se com tamanho espanto.

Voltando para jogo inesquecível ao qual me referi no começo do post, a decisão era entre o meu Mengão e o Vasco, e o time do Flamengo na decisão do Campeonato Carioca foi o seguinte: Júlio César, Alessandro (Maurinho), Juan, Fernando e Cássio; Leandro Ávila, Rocha, Beto (Jorginho) e Petkovic; Edílson e Reinaldo (Roma). Técnico: Zagallo.

Eram 60.038 pagantes no Maior do Mundo, fora as milhões de pessoas aque acompanharam a partida pela televisão. O primeiro jogo da decisão tinha terminado 2 a 1 para o Vasco, que poderia até perder a segunda partida por uma diferença de 1 gol para ser Campeão. Restava ao Flamengo vencer por uma diferença de 2 gols para ser Campeão Carioca.

Partida iniciada, o Flamengo pressionava, e aos 21 minutos do primeiro tempo, fez um gol de pênalti, com Edílson. Aos 41 minutos do Primeiro Tempo, o Vasco empatou o jogo com Juninho Paulista. Assim terminou o Primeiro Tempo. Fiquei pensando durante o intervalo se seria possível o meu Mengão fazer 2 gols no Segundo Tempo. Só ouvia a comemoração e provocação de Vascaínos nos arredores aqui de casa, afinal o jogo estava empatado em 1 a 1, e o Vasco poderia ainda levar 1 gol que ainda seria o Campeão.

Recomeça o jogo com o Segundo Tempo. Jogo nervoso. Os dois times perdiam inúmeros gols. Numa jogada individual do Sérvio Montenegrino Petkovic aos 8 minutos do Segundo Tempo, a bola foi cruzada para a grande área, e Edílson fez de cabeça o segundo gol dele e do Flamengo. A Torcida do Flamengo delirava, mas ainda restava fazer mais um gol para ser o Campeão.

O jogo continuava nervoso, e com grandes oportunidades para os dois times, que desperdiçavam. A Torcida do Vasco já gritava no Estádio Mário Filho. Comemorava o possível Campeonato.


A Torcida do Flamengo já estava nervosa e com cada vez menos esperança, quando Edílson foi derrubado fora da área, sendo marcada uma falta. Aqui em casa, pensei: É agora ou nunca. O Pet, como era carinhosamente chamado, pegou a bola, ajeitou na marca da falta. O relógio marcava 43 minutos do Segundo Tempo, e talvez essa fosse a derradeira chance para o meu time ser o Campeão Carioca. O Estádio ficou silencioso e ambas torcidas olhavam fixamente para a bola e o batedor. Zagallo, técnico do Flamengo, segurava a imagem do seu querido Santo Antônio nas mãos, pedindo por um milagre. Petkovic corre para a bola e chuta. Parecia uma eternidade o caminho percorrido pela bola. Hélton, goleiro do Vasco, se estica todo, mas a bola entra no ângulo esquerdo superior dele. Rede estufada, e o Sérvio corria para o canto esquerdo de ataque, caindo para trás, enquanto todos os jogadores titulares e reservas corriam para comemorar junto dele. Zagallo parecia um menino correndo de um lado para o outro.

A Torcida dos dois times pareciam não acreditar no que estava acontecendo. Aqui em casa, não parava de comemorar. Já não ouvia mais os Vascaínos aqui da vizinhança.

Após o apito do árbitro, a festa foi completa, com toda torcida eufórica deixando o Maracanã, cantando o hino do clube. O dirigente maior do Vasco, Eurico Miranda, já tinha encomendado a casa noturna e o chopp para a comemoração do título vascaíno, e agora estava ouvindo as provocações de toda a torcida do Flamengo.

Eu moro perto do Maracanã, e muitas pessoas passam à pé e de carro por aqui na volta do Estádio. É um tal de buzinaço e gritaria, que não é mole.

Pude ver e rever o lance várias vezes, mas uma câmera, mostrou a reação das torcidas na hora do gol. Um torcedor vascaíno mascava o seu chiclete, tenso, quando a falta foi batida. Quando a bola entrou, o rapaz, de boca aberta, deixou o chiclete cair pelo seus lábios, até o chão.

Este é o verdadeiro futebol, o que dá alegrias e prazer ao já bastante sofrido povo brasileiro. Não consigo me conformar com a violência das torcidas, principalmente as ditas organizadas que esquecem que o futebol é festa, alegria e união, e não provocação e agressões.



E aqui deixo meu último post do ano, desejando a todos um Feliz Ano Novo, e que tudo de melhor se realize em suas vidas.

Dani, Eu te amo, e vou te desejar um Feliz Ano Novo pessoalmente, com muito carinho e amor.