Desilusão

Descobri o motivo de tanta desilusão que tenho tido nessa vida. É tanto acontecimento ruim ao mesmo tempo, que fico sem vontade até mesmo de escrever um simples Post.

É um boçal presidindo um país, e agindo de forma mais desidiosa e criminosa possível, e ainda por cima, liderando as atuais pesquisas de intenção de voto. Outro motivo de desilusão é a falta de consciência e educação do povo brasileiro.

Ontem tive um dia maravilhoso ao lado da Dani, a mulher da minha vida. Assistimos a um filme, que até considerei bom, apesar do final. Mas ontem também pude presenciar cenas lamentáveis numa sociedade.

A primeira cena foi bem perto de casa, onde eu vi um acontecimento corriqueiro, mas desagradável. Uma senhora de muita idade sendo ignorada por muitos ônibus que passavam no local. Acabei ajudando-a. Mas me incomodei com isso, pois estes motoristas de ônibus param no meio da rua para pegar os seus "coleguinhas" de profissão, enquanto ignora pessoas idosas e portadores de deficiência.

A segunda cena foi no almoço com a Dani. Acabamos de preparar nossos pratos e fomos pesá-los. Estava na fila, quando um senhor que aparentava uns 55 anos, mais ou menos, que estava atrás de mim, saiu correndo quando eu ia colocar meu prato para pesar, e colocou o dele. Fiquei olhando a cara do homem, que nem me deu atenção.

Eu e a Dani, depois do almoço, fomos para Copacabana, de Metrô. Saímos da Estação Siqueira Campos e andamos até o Cinema Roxy. Assistimos o filme, nos retiramos e voltamos para o Metrô. No caminho, já bem próximo, ao atravessarmos a Rua Tonelero, quase fomos atropelados por um carro dirigido por uma velhinha que mal conseguia olhar por cima do volante. Ela ignorou os pedestres e atravessou toda a pista, parecendo estar totalmente alheia ao que estava acontecendo fora do carro.

Bom, pensei que esta seria a última cena desagradável que presenciaria nesse dia de comemoração. Estava redondamente enganado. Na Estação Siqueira Campos, já na hora de embarcar, dezenas de pessoas se expremiam no pátio de embarque esperando a composição chegar. Quando chegou, nem abrira a porta, já tinha gente grudando o rosto na janela. Quando abriu, parecia que estavam distribuindo pão velho a mendigos que estavam sem comer à meses. Correram o máximo possível para sentar. Nessa hora vale tudo. Todos se engalfinham atrás de um assento. Se bobearem, sentam no colo um dos outros. Parece até aquela brincadeira infantil (Dança das Cadeiras). Pelo menos as crianças tem espírito esportivo, já esses adultos, não.

Eu e a Dani nos despedimos na Rodoviária do Castelo. Pensei que as cenas que presenciei selariam este meu post. Enganado novamente. Ainda tinha minha volta para Vila Isabel, novamente de Metrô. Na Carioca, centenas de pessoas brigavam para entrar na composição rumo à Zona Norte(ainda bem que a maioria salta no Estácio, onde vão para o subúrbio). Eu, para fugir dessa briga, rumei para a composição que saía em direção à Zona Sul, esta mais comportada. Saltei na Estação Cinelândia, onde peguei a composição rumo a Zona Norte, só que menos cheio. Passei na Estação Carioca, onde entrou a cavalaria.

Não acabou por aí. Entraram na composição, praticamente arrastados pela multidão, um casal com uma criancinha no colo. Fiquei revoltado com a cena. O Pior de tudo é que o casal ficou com a criança em pé, em frente à duas moças e um rapaz que trajavam uniformes de colégios públicos, que conversavam animadamente, mesmo sabendo da dificuldade do rapaz em segurar seu filho. Não resisti e passei um sermão nos "moleques", que saíram do assento meio à contra-gosto. Essa foi a última cena lamentável.

Às vezes fico pensando se eu estou ficando muito chato ou muito ranzinza. Mas isso me incomoda bastante, pois acredito que ser educado e respeitoso com os próximos não seja algo muito difícil. Basta querer.

Nessa Copa do Mundo, estou podendo ver muitos documentários sobre a Alemanha. O país está décadas à nossa frente em todos os aspectos. As ruas são limpas e todo país é arborizado, mas isso não é por causa do Governo alemão, mas sim por causa da população, que sabe respeitar o próximo. Parece que eles tem uma obssessão na cor verde, pois uma cidade como Berlim é toda cheia de parques e florestas. As estradas estão num corredor de árvores e florestas densas. É um país que apesar de bastante industrializado, conserva o meio ambiente exemplarmente.

Já aqui tudo é uma bagunça, e isso me deprime, pois somos um país com recursos mineiras e naturais vastos. Mas desperdiçamos nossas riquezas com um comportamento corrupto dos nossos políticos e da falta de civilidade do nosso povo.

Quero finalizar este post dizendo que o Dia dos Namorados pode ser um dia comercial, como muitos outros, mas passei um dia especial e maravilhoso com a Dani. Sempre sou feliz ao lado dela.